A QUEM ME DEVO

Ao contrario dos que me acusam, nunca dependi do Petê nem do Lula para chegar onde cheguei. Se a alguém me devo, é à minha mãe, meu pai, meus irmãos, minha família e à Revolução Cubana, graças a quem fiz-me médico e me tornei um ser humano maior.
Sou herdeiro da diáspora que amalgamou a trajetória desse país: avô cearense, retirante, candango construtor de Brasília, quem, em uma épica travessia de 16 dias em pau-de-arara, teve a coragem de trazer minha vó com meu pai de dois anos nos braços para a capital, lá pela década de 50; pai que transitou de engraxate a vendedor de frutas e pipoca, aos pés da catedral, até se transformar em servidor concursado da Câmara Federal. 
Nunca senti vergonha da minha historia, que é mais bem motivo de orgulho, compromisso, gratidão e lealdade. 
Muitos dos que se beneficiaram com as políticas públicas do governo Lula, hoje comemoram sadicamente sua prisão, sem perceberem seu papel manipulado de auto-traição, contra seus próprios interesses.
Lula - de retirante a presidente - deixa São Bernardo nos braços do povo para entrar definitivamente na história do Brasil. Já você, que ainda não entendeu o país em que vive, que defende os interesses dos ricos, dos poderosos e da grande mídia empresarial; você, ridículo: será simplesmente esquecido e descartado quando todo esse teatro terminar.

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