ANO NOVO

Desejo um ano de mais culinária tradicional, regional, natural e menos conselhos de cientistas da nutrição; um ano de mais verduras, frutas e legumes no lugar de comprimidos. Um ano de mais orgamos e menos sermões; menos egocentrismo e mais compaixão; menos dúvida, medo e mais fé. Que sejamos capazes de abandonar, rapidamente e sem culpa, regras, condicionamentos e convenções alimentadoras de insegurança, estresse e ansiedade. Que caminhemos mais ao ar livre, respiremos e suspiremos profundamente, e revalorizemos o sabor de nosso suor. Por um ano de mais sol, água, menos hormônios sintéticos, a compensar-se com altas doses de amor próprio. Por um ano sem medicalização desnecessária do luto, da dor e do sofrimento. Que possamos nos fortalecer diante disso: com mais apoio humano, afeto, ouvidos, abraços, conselhos, paciência, alongamentos, massagem. Desejo um ano de mais especulação existencial e menos especulação laboratorial.

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