NOVEMBRO AZUL

1. Em relação ao câncer no geral, é preferível, por ser mais seguro, investir na linha do diagnóstico OPORTUNO, do que no de diagnóstico precoce (diminui erros e intervenções desnecessárias).
2. É importante avaliar os riscos de forma individualizada. No caso do câncer de prostasta: idade (maiores de 50 anos), antecedentes familiares (pai ou irmão com história de câncer de próstata), sintomas sugestivos (polaciuria, gotejamento pós-miccional, jato urinário enfraquecido, interrupção do jato, dificuldade em iniciar e manter o fluxo constante de urina, incontinência urinária...). 
3. Homens de pela negra tem até 50% a mais de risco.
4. O rastreamento universal, não individualizado, por meio de toque retal e o exame de PSA, tem se mostrado ineficaz para reduzir mortes por câncer de próstata, ao tempo que aumentam resultados falsos positivos e intervenções desnecessárias, com suas devidas consequências psicológicas e sequelas orgânicas. 
5. A sequelas mais comuns são: incontinência urinária e disfunção erétil. 
6. O exame PSA não é 100% específico. Pode estar alterado sem que o homem tenha câncer de próstata. Isso pode levar a biópsias desnecessárias e acarretar as sequelas mencionadas acima. 
8. Segundo estudo, a cada 1000 homens que fazem PSA anualmente ao longo de 10 anos, apenas 1 é salvo de morrer em decorrência de câncer de próstata, ao tempo que 30 ou mais diagnosticados com cancer de próstata receberão tratamento que causem seqüelas e não forneçam benefício algum em qualidade e expectativa de vida.
9. Converse com seu médico de forma aberta e franca. Avalie riscos e benefícios. Fuja de protocolos estandarizados. Invista em construir vínculo e estabelecer uma boa relação médico-paciente. São esses detalhes que aumentarão a chance do médico acertar no seu cuidado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MOURÃO, MOURÃO

PERCURSO